Contos Tristes

O conto de Tristeza

(vou deixar aqui o conto que também estou deixando numa comunidade do orkut... Aff como sou preguiçoso... e espero que não esteja tão ruim quanto penso....hehehehe)

*A chuva caía forte, gelando a alma daqueles que foram pegos de surpresa por aquela chuva repentina. Beatriz corria por entre os carros em um estacionamento, seu perfume barato de cheior singular se perdia com a água que escorria por seu pescoço fino e delicado. Seus cabelos de cachos dourados estavam encharcados e grudavam em seu rosto. As vestes molhadas estavam grudadas em seu corpo delineando suavemente suas singelas curvas perfeitamente trabalhadas, apesar de não haver exagero algum. Em seu meio de trabalho Beatriz era de fato uma das jovens menos provida de corpo, e seu ar desleixado roubava-lhe sua sensualidade de um modo sutil, mas suficiente para fazer com que passasse despercebida por seus colegas de trabalho ou mesmo a maioria das outras pessoas do sexo masculino. Era uma menina bastante espontânea e de humor por vezes sarcástico e apesar de já ter seus 19 anos, mais parecia uma menina de 16, que se fosse enfeitada com lacinhos, viraria uma boneca.*

Meu deus, como chove... Assim será difícil chegar em casa.

*A garota falava consigo mesma, enquanto a água da chuva pingava de seus lábios levemente avermelhados. Sua corrida continuou e ela ao menos agradecia ao fato de não usar sapatos de salto, pois correr com tênis é muito mais prático e confortável. Logo ao passar pelo estacionamento ela entrava em uma rua e logo após dobrava à direita numa esquina onde havia um pequeno bar, onde ela costumava tomar seu café da manhã antes de ir ao trabalho, isto é, quando lhe sobrava algum tempo, pois sempre estava atrasada. Ao dobrar a esquina a jovem bateu de frente em algo e quando elevou seu rosto, para olhar de sua altura de 1,60m para alguém que deveria ter pelo menos 1,85m, alguém a agarrou por trás. Nem mesmo houve tempo para que pudesse gritar, sua boca havia sido tampada com uma mão forte e pesada e seu corpo estava sobrepujado por alguém de força bem superior*

Uma triste história

“Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e nesse momento encontro-me quase sem forças. Pedi à enfermeira Dani, minha amiga, para escrever esta carta, que será endereçada aos jovens (...) antes que seja tarde demais. 

Eu era uma jovem “sarada”, filha de uma excelente família de classe média alta de Florianópolis. Meu pai é Engenheiro elétrico de uma grande estatal e procurou sempre dar tudo do bom e do melhor para mim e para meus dois irmãos, inclusive a liberdade, que eu nunca soube aproveitar. 

Aos 13 anos venci um concurso para modelo e manequim, na Agência Kasting, que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um book na Agência Elite, em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de Floripa e tinha todos o garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana, freqüentava shoppings, praias e cinemas; curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor para oferecer. 

Porém, como a vida nos prega algumas peças, meu destino começou a mudar em outubro de 1994, quando fui com uma turma de amigos para a Oktoberfest, em Blumenau. Na quinta-feira, primeiro dia da festa, tomei meu primeiro porre de chope. Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da mamãe o licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Que sensação legal! Curti a noite inteira e beijei uns 10 carinhas. Minhas amigas até colocavam o chope numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os “meganhas”, porque menor não podia beber; assim, bebemos a noite inteira, e os “otários” nem perceberam. Lá pelas quatro da manhã fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando voltei ao apartamento, quase “vomitei as tripas”, mas meu “grito de liberdade” já tinha sido dado. 

No sábado conhecemos uma galera de São Paulo, que estava alugando um apartamento no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estaria sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado em uma festa, que não estava legal, e lá pelas 5h30 fomos ao apartamento dos garotos para curtir o restante da madrugada. Lá rolou de tudo, e fui apresentada ao famoso “baseado”. No começo resisti, mas chamaram a gente de “Catarina careta”, mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas antes de ir embora experimentei novamente. O garoto mais velho da turma, o “Marcos”, fazia carreirinha e cheirava um pó branco, que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem aquele dia. 

Retornamos a Floripa, mas percebi que alguma coisa tinha mudado. Eu sentia a necessidade de buscar novas experiências e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino, “Drues”. Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada. Sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano. 

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria. Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito ficava mais forte; aos poucos não compartilhamos a seringa, e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó? No início, a minha mesada cobria os meus custos, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a “branca” a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00 e eu precisava, no mínimo, de cinco doses diárias. Saia na sexta-feira e retornava aos domingos com meus “novos amigos”. Ás vezes a gente conseguia o “ecstasy”, dançávamos nos “points” a noite inteira e depois farra. 

Meu comportamento tinha mudado em casa; meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida. Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas. Aos poucos o dinheiro foi faltando e, para conseguir grana, fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. 

Aos poucos, toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação. Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar mudar o quadro. Quando eu saia da clínica, agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família. 

Em dezembro de 1997, minha sentença de morte foi decretada: descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando ou através de relações sexuais, muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o vírus a um monte de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha. Aos poucos, meus valores, que só agora reconheço, foram acabando: família, amigos, pais, Deus – até Deus, tudo me parecia ridículo.Papai e mamãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso, que é a vida, e eu a joguei pelo ralo. 

Estou internada, com 24 kg, horrível; não quero receber visitas, porque não podem me ver assim. Não sei até quando sobrevivo, mas, do fundo do coração, peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca... Você com certeza vai se arrepender, assim como eu – mas percebo que para mim é tarde demais.” 

Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e relatou sua história à enfermeira Danelise. Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde, de parada cardiorrespiratória, em conseqüência da AIDS. 

Esse triste testemunho nos leva a refletir a realidade do mundo em que vivemos. O que faltou na vida de Patrícia? Não é suficiente aos pais apenas dar dinheiro e nutrir o consumismo dos filhos. Há um abismo na alma humana. Patrícia, como todos nós, buscava satisfação interior. Entretanto, ainda que não queiramos reconhecer, Há uma força maligna que nos arrasta para o pecado e para longe de Deus. Quantos não estão em desespero? Será que reconhecemos que também somos culpados por milhares de jovens estarem sendo destruídos pelas drogas, prostituição e violência? 

Patrícia, no final, reconheceu que jogou sua vida fora. E você o que está fazendo com sua vida? Pode ser que você tenha uma vida moralmente correta, no entanto há algo pior que os pecados sexuais e o vírus da AIDS: o orgulho, que é mais terrível e devastador. O portador do vírus da AIDS tem a oportunidade de, em seus momentos de crises, refletir sobre o verdadeiro sentido da vida e descobrir que o Doador da vida é a “coisa que faltava”, o maior prazer que este mundo cruel nunca apresentou. Muitas “pessoas boas” estão indo para o abismo eterno pela dureza de seus corações, por não reconhecerem que são portadores do vírus do orgulho, que nos leva à independência de Deus. 

Esta palavra, com certeza, é um alerta de Deus para sua vida. A Bíblia é a Palavra de Deus e ela nos diz que o mundo está no maligno (I Jo. 5.19). Ela nos alerta que o Diabo veio para roubar, matar e destruir, enquanto o Filho de Deus, Jesus Cristo, veio para nos dar vida com abundância (Jo. 10.10). 

Não se trata de religião, mas sim de uma entrega real ao Todo-poderoso e de ser livre dos poderes das trevas. Trata-se de receber uma nova vida, de paz interior por encontrar a verdade que faltava. Se você é alguém que foi vítima do vírus da Aids ou está vivendo uma vida “livre”, sem Deus, volte-se agora mesmo para Ele. Ele o ama. Ele respeitou sua decisão por uma “vida livre” que O deixou do lado de fora. Agora, Ele o chama. Seja livre. Volte-se para Deus e escolha ser um mensageiro da paz, resgatando vidas dos poderes das trevas, conduzindo-as para a nova vida em Cristo Jesus. 

Não tenha medo. Nada poderá impedir você de abandonar a vida velha e lançar-se nos braços abertos Daquele que foi cravado na cruz por você. Foi para isso mesmo que Ele morreu, para comprar sua vida para Deus. 

Patrícia foi mais uma vítima do poder destruidor de Satanás; ela tinha apenas 17 anos. Ele ilude os homens, especialmente os jovens, através deste mundo afastado de Deus. Não seja você a próxima vítima. Abrace a nova vida que o Pai celestial lhe oferece hoje. Desfrute de um relacionamento pessoal e verdadeiro com Ele. 

Seja você também alguém que encontrou o sentido da vida e estenda suas mãos para livrar a muitos que estão cegamente caminhando para o abismo eterno. Você também é responsável por esta missão. 

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” 
João 3: 16-19

História triste de um garotinho

Era uma vez um menino muito preocupado com as pessoas ao seu redor. Essa preocupação refletia-se nos seus gestos, que geralmente beneficiavam o mais pobre ou mais sofrido. Aliou-se a uma amiguinha da mesma rua, e juntos foram tentar pôr ordem num desses campos da vida. Foram bem lá, fazendo as coisas direitinho.Voaram mais alto, e depois de um tempo já estavam sentadinhos num tal Palácio Guanabara. Primeiro ele que brincou de reizinho, e depois ela foi a rainha. Concederam muitas felicidades, e eram considerados bonzinhos.

Um belo dia, então, uma pessoa muito má, com um crachá de repórter, resolveu investigar o casalzinho feliz. Não entendia como podiam, durante tanto tempo, manter suas campanhas, que eram tão pobres e não correspondiam com os custos verdadeiros. Até que descobriu a verdade: o garoto e sua rosa davam contas públicas do seu reinado para a burguesia, em troca de essa burguesia devolver uma parte para a coroa silenciosamente, igual no pique-esconde.

Coitadinho do casal, que ficou abalado com o que o pessoal da TV chamava de crise! O repórter tinha sido muito mal. Garotinho ficou extremamente triste, a ponto de perder o apetite. Rosinha insistia: “Garotinho, come Garotinho!” Mas ele não dava ouvidos a ela. Nem biotônico deu jeito no moleque. O máximo foi um golinho de soro, que ele cuspiu de volta.

Rosinha, que permanece no trono, não sabe o que fazer: deixa-o definhar ou interfere na sua greve justificadíssima. Essa resposta só o tempo (ou a Veja de amanhã) dirá.